
O Bitcoin (BTC) atingiu um novo recorde na noite de quarta-feira (13), superando US$ 124 mil, em meio à combinação de expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos, medidas regulatórias favoráveis e aumento da demanda institucional. O ativo chegou a US$ 124.128 pouco depois das 21h de ontem, ultrapassando a máxima anterior, de julho.
O movimento acompanha o rali das bolsas americanas, com o S&P 500 registrando recorde pelo segundo dia seguido. A perspectiva de que o Federal Reserve possa reduzir os juros já em setembro, somada à indicação de que o próximo presidente da autoridade monetária deve adotar política mais frouxa, fortaleceu o apetite por ativos de risco.
A valorização também reflete medidas recentes da administração Trump, que tem ampliado o acesso a criptoativos. Na semana passada, o presidente assinou ordem executiva para que o Departamento do Trabalho avalie a inclusão de criptomoedas, como o Bitcoin, em planos de aposentadoria 401(k). Em 2025, o governo aprovou o GENIUS Act, primeiro marco regulatório federal para stablecoins (criptomoedas de dólar), e flexibilizou normas da SEC, a CVM americana, para acomodar o setor.
O valor de mercado do segmento cripto ultrapassou US$ 4,18 trilhões, quase o dobro de novembro de 2024, segundo dados do CoinMarketCap. O Bitcoin sozinho chegou a somar cerca de US$ 2,5 trilhões, enquanto o Ethereum (ETH), que também renovou máxima desde 2021 ao atingir US$ 4.780, atingiu valor de mercado de quase US$ 575 bilhões.
O avanço é impulsionado por compras corporativas, tendência popularizada pela Strategy, de Michael Saylor, e agora replicada por diversas empresas, incluindo 24 novas que adicionaram Ethereum aos balanços em julho. As reservas corporativas de ETH cresceram 127,7% no mês, e as stablecoins mantêm volumes de transações próximos de recordes, superando redes de pagamento tradicionais.
Para a analista técnica Ana de Mattos, da Ripio, a força compradora no Bitcoin pode sustentar novos avanços para US$ 125 mil e US$ 130 mil, desde que haja rompimento consistente da máxima histórica. No caso do Ethereum, ela vê potencial de alta até US$ 4.868, com suportes em US$ 4.060 e US$ 3.680 em caso de correção.
Às 6h45 desta quinta-feira (14), os ativos reduzem ganhos, com o Bitcoin indo a US$ 121.000, e o Ethereum a US$ 4.470. O ETH, que é a segunda maior criptomoeda, segue como destaque, acumulando ganhos de 27% em uma semana e de cerca de 60% em 30 dias.
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