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Verde, de Stuhlberger, volta a ter exposição na B3 e eleva posição em juro e real

A Verde Asset Management, de Luís Stuhlberger, destacou em carta sobre o desempenho de junho que o fundo voltou a ter alocação comprada em bolsa brasileira, e está neutro em bolsa global.

No Brasil, a equipe da Verde destaca ainda ter aumentado as posições compradas em juro real.

“Nos EUA trocamos mais um pedaço da posição de inflação por alocações aplicadas em juro real”, aponta a equipe.

Já em moedas, estão comprados em euro e elevou a posição em real, além de ter posição em ouro. “Mantivemos a alocação em cripto, assim como os livros de crédito high yield (opções com alto retorno, mas também com alto risco) local e global”, aponta a Verde.

No mês de junho, o fundo Verde teve ganhos no euro, no real, em cripto e no livro de crédito local, enquanto as perdas vieram de hedges em petróleo e do livro de commodities.

Desempenho no mês e fatores de risco para trás

O fundo Verde teve rentabilidade de 0,97% em junho, abaixo do CDI do período, que rendeu 1,10%. No acumulado do ano até junho, o fundo soma alta de 7,15%, acima do CDI, de 6,41%.

Conforme destaca a equipe da Verde, os últimos vinte anos viram um tema entrar e sair sistematicamente do radar da maioria dos analistas geopolíticos (e em alguma medida, dos investidores): o possível ataque de Israel ao programa nuclear iraniano.

“Como uma espécie de bicho-papão proverbial, discutimos várias vezes cenários e impactos nos preços dos ativos caso tal ataque acontecesse. Pois bem, tal evento finalmente se realizou neste último mês, e talvez a coisa mais surpreendente de todas não tenha sido a ingenuidade da inteligência israelense, nem a fraqueza da resposta iraniana, ou ainda a incrível história do analista americano que durante quinze anos estudou apenas como destruir o complexo de Fordow. A verdadeira surpresa foi a total e completa ausência de impacto macro”, avalia a Verde.

A Verde ressalta que, com exceção de alguma volatilidade no preço do petróleo em meados do mês (com o real risco de alguma intervenção no estreito de Ormuz), quando se olha o resultado do mês, o barril do Brent subiu 5,8%, mas ainda mais de dez pontos percentuais abaixo de onde fechou o ano passado. O fundo ainda cita que houve zero impacto para moedas, taxas de juros e mercados acionários ou de crédito.

“A guerra de doze dias entre Israel e Irã foi apenas mais um dos inúmeros eventos geopolíticos deste volátil e complexo ano, mas seus impactos e consequências (sem relativizar a tragédia humana que qualquer conflito sempre envolve) parecem de fato pouco relevantes à luz do conjunto de informações atual”, ressalta.

A visão do fundo é que o cenário econômico global, afora as discussões sobre o conflito no Oriente Médio, continuou a evoluir em direções benignas.

Do lado macro, os dados dos EUA mostram uma economia ainda resiliente, mas começando a sentir impactos de menos imigração.

Enquanto isso, aponta, a precificação de juros avançou na direção de um Fed mais frouxo, provavelmente cortando a partir de setembro. “Essa sinalização adiciona um componente de fraqueza cíclica à tendência estrutural de enfraquecimento do dólar, que temos comentado nas últimas cartas”, aponta, ressaltando que, embora o dólar continue se enfraquecendo, os mercados acionários americanos continuam performando bastante bem, tanto no absoluto quanto no relativo mais recentemente, empurrados por contínuas indicações de ampliação e aprofundamento da penetração da Inteligência Artificial nas companhias.

Do lado local, reforçou, a batalha política em torno do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) se acirrou com a derrubada pelo Congresso do decreto de aumento do imposto, e junto ao cenário global, deu a tônica do mês no mercado local.

Para a Verde, os temas continuam os mesmos: fragilidade fiscal, busca por popularidade à custa de mais gastos, impulso fiscal versus freio monetário.

“O mercado busca olhar para longe, em busca da mudança eleitoral, mas com desafio de lidar com um custo de capital altíssimo. As alocações em Real (onde o carrego joga a favor) e no juro real (onde o nível de partida é altíssimo) continuam a nos parecer as de melhor retorno ajustado ao risco”, avalia.

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