Os títulos públicos atrelados à inflação com vencimentos mais longos abriram esta terça-feira (1) com forte queda nas taxas oferecidas ao investidor. O Tesouro IPCA+ 2050, por exemplo, recuou para 6,69% ao ano, o menor patamar de 2025, frente aos 6,78% do fechamento da véspera. O Tesouro IPCA+ 2040 também caiu com força, para 6,81%, enquanto o IPCA+ com juros semestrais 2060 foi a 6,87%.
A tendência reflete a continuidade do alívio visto no mercado externo, com queda nos rendimentos dos Treasuries de prazo mais longo e desvalorização do dólar frente ao real, com o câmbio em R$ 5,43. A liquidez ainda é reduzida nesta manhã, com agenda econômica fraca, o que tende a amplificar os movimentos pontuais na curva de juros.
Na comparação com segunda-feira (30), os vértices longos da curva de inflação mostraram recuo consistente. O Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045, por exemplo, abriu o dia pagando 6,94% ao ano, contra 7,03% na tarde anterior. No Tesouro IPCA+ 2029, a taxa foi a 7,43%.
Já os títulos prefixados também recuaram, mas de forma mais comedida. O Tesouro Prefixado 2032 passou a oferecer 13,29%, ante 13,38% anteriormente. Os papéis atrelados à Selic seguem com pouca oscilação.
Apesar do ambiente externo mais favorável, o cenário fiscal doméstico continua no radar dos investidores. Segundo jornais, o governo federal decidiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do Congresso que anulou o aumento do IOF.
A perspectiva de judicialização do tema reforça a cautela dos agentes com a política fiscal, ainda que o impacto nos juros de longo prazo esteja sendo, até agora, limitado pelo ambiente externo benigno e por dados econômicos recentes, como o IPCA-15 e o Caged, que sustentam a expectativa de queda da inflação à frente.
Confira os juros pagos pelos títulos do Tesouro Direto às 9h27 desta terça-feira (1):
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